Dois motivos foram apontados pela pesquisa para esse resultado: o crescimento da STEMpreneurs (fundadores de negócios ligados à ciência, engenharia, matemática e startups de base tecnológica) e o surgimento de programas específicos para trazer mais mulheres ao mundo da tecnologia.
“Embora as notícias sejam muito animadoras, especialmente em um cenário de desafios profissionais e declínio econômico causado pela pandemia Covid-19, um estudo da ONU Mulheres mostrou que as mulheres foram as mais afetadas economicamente, socialmente e na saúde, 16% continuam sendo uma percentual baixo em relação ao tamanho da população feminina da América Latina”, defende Rocío Herraiz, Diretora de Comunicação da Softline América Latina.
A Softline, empresa que atua em mais de 50 países oferecendo transformação digital e cibersegurança, entende a importância de promover e aumentar a igualdade de sua equipe. Atualmente, a empresa conta com 44% de mulheres em seu quadro, sempre zelando para que a capacidade de trabalho e o talento, e não a inclusão por si só, seja o principal motivo para o ingresso no cargo.
Segundo Rocío, o programa está em linha com a filosofia da empresa, que vê a diversidade como uma importante forma de enriquecer sua equipe. “O nosso principal objetivo é fazer com que as pessoas que trabalham na Softline se sintam valorizadas, tanto profissionalmente como pessoalmente, e progredir na carreira na empresa de forma eficiente e motivadora”, afirmou.
No Brasil, país onde o sexo feminino representa 50% da população total, a média de mulheres no mercado de tecnologia é de 20%, 4 pontos percentuais (p.p.) acima da média latino-americana. Os números são da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia (Brasscom).
No entanto, uma pesquisa da Unlocking the Power of Women for Innovation and Transformation (Desbloqueando o Poder das Mulheres para a Inovação e Transformação), Catho e Revelo mostrou que as empresas brasileiras ainda promovem mulheres profissionais de tecnologia três vezes menos do que os homens nas mesmas áreas. Para completar o quadro, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os salários pagos às mulheres nas organizações brasileiras são 30% menores do que os salários pagos aos homens em cargos de TI.
Segundo Rocío, uma das soluções é estimular que a educação ministrada aos meninos e meninas na infância se valorize igualmente, para obter as mesmas oportunidades desde a mais tenra idade. Conheça as diferenças que existem entre um e o outro e valorize-as como algo positivo para que, no futuro, as apreciem no trabalho.
O resultado é que, do total de pessoas formadas em cursos científicos ou técnicos, apenas 34% são mulheres. Em todo o mundo, apenas 28% dos cientistas e engenheiros são mulheres. Os dados são do Gender Scan, um coletivo de organizações contra o sexismo, que atualmente pede aos governos de todo o mundo que publiquem oficialmente um ranking anual de educação em ciência e tecnologia, de acordo com o percentual de estudantes e graduados.
Para a executiva de comunicação da Softline, é importante que as empresas se perguntem como é possível mudar essa realidade internamente, identificando oportunidades e mulheres líderes que podem estar na vanguarda do processo. Além disso, a Softline promove ativamente a diversidade e a igualdade de condições independentemente do gênero do profissional que a ocupa. Isso permite que você tenha uma equipe perfeitamente equilibrada com profissionais que cuidam do seu ambiente de trabalho, bem como dos seus clientes.
Fonte: Imirante.com
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