Revisão de área no Mato Grosso, além de ajustes positivos no Rio Grande do Sul, Maranhão e Pará compensam parte das perdas, mas resultado final ainda fica muito aquém do potencial
A StoneX elevou a sua estimativa de produção de soja 2021/22 de 124,4 para praticamente 127 milhões de toneladas em sua revisão de julho.
O principal destaque foi a revisão da área do Mato Grosso, após a finalização da colheita, com a conversão de pastagens para agricultura, principalmente nas regiões norte e noroeste do estado. Com isso, a produção mato-grossense da oleaginosa subiu para 40,5 milhões de toneladas.
No Rio Grande do Sul, as lavouras colhidas no final do ciclo resultaram em mais uma revisão positiva da produtividade, levando a produção para 11,1 milhões de toneladas. De qualquer forma, o estado ainda registrou uma quebra de 50%.
Ajustes positivos no Maranhão e no Pará também contribuíram para a revisão, sem esquecer que a produção nacional ainda ficou muito aquém do potencial de mais de 140 milhões de toneladas.
A revisão da produção brasileira de soja resultou em uma elevação dos estoques finais estimados para o ciclo 2021/22, que ficaram em 4,9 milhões de toneladas. “Os estoques subiram, mesmo com a revisão do consumo doméstico para 49 milhões de toneladas”, ressalta a Especialista de Inteligência de Mercado da StoneX, Ana Luiza Lodi. A estimativa de exportações foi mantida em 77 milhões de toneladas.


MILHO
Brasil deve registrar safra recorde de milho no ciclo 2021/22
Revisão de julho da StoneX registrou aumento da área plantada e produtividade de Goiás e Mato Grosso na segunda safra, contribuindo para um acréscimo de 2,7% em relação ao número de junho
A StoneX revisou sua produção total de milho na safra 2021/22 de 116,8 milhões de toneladas para 119,3 milhões nesta sexta-feira (01). “É verdade que grande parte da produção brasileira ainda precisa ser colhida e, portanto, está sujeita a alterações. Contudo, ao que tudo indica, o país deve registrar uma safra recorde”, anunciou o analista de inteligência de mercado do grupo, João Pedro Lopes, em relatório.
No que se refere à produção da primeira safra de milho 2021/22, a StoneX promoveu um aumento marginal em relação ao seu número anterior, para 26,4 milhões de toneladas. O aumento na área plantada do Maranhão compensou as reduções feitas na produção do Piauí e do Tocantins.
“Por mais que a colheita já tenha sido finalizada nos principais estados produtores brasileiros, o que limita a ocorrência de novas revisões nos números da primeira safra, os trabalhos de campo ainda estão em progresso em alguns estados do Norte e Nordeste, e, portanto, os números ainda estão sujeitos a alterações”, pondera o analista Lopes.
A segunda safra brasileira de milho sofreu uma revisão positiva de 2,7% em relação ao número de junho da StoneX, para 90,7 milhões de toneladas. A maior parte desse aumento foi puxada por perspectivas mais favoráveis para a área plantada e produtividade de Goiás e Mato Grosso, que, conjuntamente, apresentaram um aumento de 1,5 milhão de toneladas em comparação com o último relatório.
Vale também destacar o aumento na produtividade esperada para o Paraná e da área plantada nos estados do Norte e Nordeste. A única revisão negativa foi feita na produtividade de São Paulo, motivada pelos problemas de seca relatados nos últimos meses.
Em relação à terceira safra 2021/22, a StoneX promoveu um aumento em sua estimativa de produção, de 2 para 2,2 milhões de toneladas. A alteração resultou de uma elevação na produtividade esperada de Pernambuco, Sergipe e Alagoas.
Em meio ao aumento da produção brasileira e a um cenário marcado por uma oferta restrita de milho no mercado internacional, o grupo elevou a exportação do Brasil para 41 milhões de toneladas. Desse modo, o estoque final em 2021/22 ficou estimado em 11,8 milhões de toneladas, com uma relação estoque/uso de 10,1%.




Belma Ferreira
Ação Estratégica Comunicação